SONETO DUM AMOR IGNOTO

Obscuro este amor que me assume

E que delira no meu peito ativado

Me faz devanear, ser apaixonado

Do qual a razão não está incólume

Não o conheço, mas sinto, calado

Ruaceiro no juízo, em alto volume

Me extasiando com seu perfume

O coração totalmente encantado

Dele até me contamino com ciúme

Sem mesmo nunca o ter encontrado

E assim, no desejar, é só queixume

Este amor ignoto, e já tão amado

Neste oceano de vario cardume

O tal, reservado, virá a meu fado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, junho - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/06/2017
Reeditado em 30/10/2019
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