Lágrimas na boca



De teus olhos o fino ribeirinho,
Sentir que ,deveras,sofrias quisera!
Como ouvir tu’aflita alma,pudera?
Orvalho caia,qual folha d’azevinho...

Que ao beijar -te ,ave entristecida,
Tormentoso mar,minha boca invade !
Por encantada ponte ,esquecida saudade ...
Bebi de teu pranto,unindo nossas vidas...

Ah! Prazenteira chuva lavando tua face,
Anunciou ,em mim, poderosa procela,
Cuidava que a rubra flor não murchasse,

Ai!Que a tormenta tornou-se brisa leve...
Acariciando fada amiga ,silente,tão bela...
Lábios uniram aos teus ,momento breve...










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