DO POETA (soneto)

Do poeta o encanto aproxima manso

Cochicha suspiros na ádvena ilusão

Mergulha no ventre frágil do coração

Lastrando a inventiva num balanço

Do senso transbordam pulsátil rojão

Rematando a inspiração num lanço

Dando à alma asas e um remanso

Para com as mãos tocar a emoção

Torna à alma, e volta a navegar

Adentra com as formas de amar

Solitário, nos portais da criação

No silêncio, põe a vida a balançar

Balança com a vida a silenciar

E tem vida, na vida com paixão...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Abril de 2017 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/04/2017
Reeditado em 30/10/2019
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