O SINO (soneto)

Do alto do cerrado meu eco sonoro

Percutindo alarma de chamamento

Riscando no ar gemido em lamento

De sombrio ato, sofrença com choro

Da torre franciscana sou sentimento

Festo, de paz e bem ao som canoro

Saúdo a vida, com meu fado oximoro

O orante da ave Maria, às seis, atento

Canto, pranto, em ruído éreo, laboro

Trino o dia se pondo e no nascimento

Musicando os céus, e assim, o coloro

Com que júbilo planjo dobres portento

Me juntando aos anjos em um só coro

Sou crebro nobre, fé, no sacramento

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Abril de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/04/2017
Reeditado em 30/10/2019
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