SONETO DA DESPEDIDA

Nunca eu quisera desejado tal saber

Dizer com a dor um adeus querido

Erigindo com o dano choro balido

Fugindo com a harmonia do viver

Dó é arrancada do pesar instituído

Saudade deplorada de não mais ter

Que somente lembranças há de ver

E lágrimas no suspiro do vil contido

Some, e põe o amor tão triste... Ser

Sorriso suspenso, prazer em gemido

E a noite tão distante do amanhecer

Nunca ninguém pela perda ter podido

Dói tanto, tão dolorido, a permanecer

Que no sentido, o desalento é definido

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Março de 2017 – Cerrado goiano

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/Cy-ykBDfkFs

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 02/04/2017
Reeditado em 04/09/2021
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