AGORA EU QUERO IR (soneto)

A minha saudade tem saudade de crê

Me planejei, me desmoronei no sedento

Nas verdades não fui inteiro a contento

E no querer o todo, metade teve porquê

Experimentei descanso e, labuta à mercê

Confiei no silêncio, me encaixei no lamento

Precipitei no ir e na volta, foi ensinamento

Me desmanchei nos sorrisos em comitê

E na busca de me reconhecer, descanso

Afinal, as trilhas não são de vento manso

Porém, ao me refazer despertei com a dor

Se agitado ou imoto me equilibrei no balanço

Da quimera, pois sempre nos resta tal ranço

De jugo. Agora quero ir e, apreender o amor.

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

2017, 26 de março

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 26/03/2017
Reeditado em 29/10/2019
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