A mesa com Mel Wood
Quem vive em solidão faz às vezes dos muros
alicerces da casa, eremitério ou templo
de um deus solipsista, nem bom nem mau exemplo,
e espalha, melancólico, pelos cantos escuros
a bile aumentada dos íntimos dramas;
outros há que em tristeza veem bons motivos
para abrir a casa a outros entes vivos,
para ter amizades em variadas ramas
do social tecido assim bem costurado;
foi o que fez mulher, viúva sem tristeza,
quando acolheu em casa um homem e seu filho,
homem desempregado, guri já sem brilho
nos olhos onde esperança já havia minado;
ao invés de criar muros Mel alargou a mesa.
Quem vive em solidão faz às vezes dos muros
alicerces da casa, eremitério ou templo
de um deus solipsista, nem bom nem mau exemplo,
e espalha, melancólico, pelos cantos escuros
a bile aumentada dos íntimos dramas;
outros há que em tristeza veem bons motivos
para abrir a casa a outros entes vivos,
para ter amizades em variadas ramas
do social tecido assim bem costurado;
foi o que fez mulher, viúva sem tristeza,
quando acolheu em casa um homem e seu filho,
homem desempregado, guri já sem brilho
nos olhos onde esperança já havia minado;
ao invés de criar muros Mel alargou a mesa.