VENHA CÁ

Se chegue,venha cá, fale, comente!

Escreva qualquer coisa e vá embora!

Mas fale o que quiser, papo da hora,

Peço-te apenas, por favor, não mente!

Se algo coisa assim, tal, de repente,

Algum tipo de dor que te devora,

Assim como paixão,ora pois ora,

Que por mim todos sabem você sente!

Eu vou te entender nas entrelinhas,

As vezes essas coisas são tão minhas,

Só que nunca neguei,eu extrapolo,

Porque sou muito franco,chego e digo,

Se eu tenho quem faça dupla comigo,

Jamais eu vou seguir carreira solo!

Enio

Recebi e agradeço a gentileza. Mas continuo na firme convicção que ser avó ainda é a melhor coisa do mundo!

Ângela Faria

A s vezes tenho vontade,

N ão,não digo,digo não,

G astar tempo sem noção,

E la pode achar ruim...

L amento ficar calado

A ssim despreocupado

F ico ao dizer sossegado

A ngela não gosta de mim...

R econheço esta verdade,

I nsatisfeita a intenção

A ssim junto ao coração,

D izer-lhe: meu amorzão,

E u vivo tristonho e só...

P orque escolheste agora,

A ssim tão fora de hora,

U ma função de vovó...

L á sigo eu nas oitavas,

A tento só em mostrar,

L igeiro no meu rimar,

I nspiração vem normal...

M ostrando que o sonetista,

A s vezes é repentista,

E deixa, fechando a lista,

Teu nome na vertical!...

Enio

Obrigada mais uma vez. Não mereço tanto!...

Uma interação do Poeta Silva Filho, amigo de longa data, a quem agradeço de coração!

NÃO VOU...

Silva Filho

(Proseando com a Ângela)

Não vou ceder a esse chamamento

Que diz nesse soneto “VENHA CÁ”

Um dia nós fizemos juramento:

“Eu canto por aqui, tu cantas lá”!

Tu és somente MUSA, nada mais!

Fazendo fomentar inspiração.

Eu digo bem baixinho: Quero assaz.

Tu dizes: só com imaginação!

Até que poderemos, em dueto,

Traçar algum projeto de soneto

Sem ter que remexer o coração!

Eu sou aquele cara que não mente

Por isso eu te ponho confidente

Do cofre onde está minha paixão!

Silva Filho

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5948244

Agradeço ao Enio! obrigada pelo carinho!

Conversando com Ângela

Meus sonetos,oh Ângela, são sentidos,

São lamentos jogados mundo afora,

São feridas que sangram toda hora,

São meus casos de amor mal resolvidos!

Sempre trilho a estrada dos perdidos,

Dos que ficam no veja, ora pois ora,

Descartados que são jogados fora,

Fazem parte da prole dos traídos;

Quando as vezes até despercebido

Eu procuro mudar o sustenido,

E passar pro bemol té por pirraça,

Eu escrevo um soneto de conforto,

É que acordo pensando que estou morto,

Ou tomei alguns tragos de cachaça!

tou saindo,

Ênio

Convite amistoso

Entra! Te senta! Conversa comigo!

Deixa o soneto pra fazer depois!

Retira o véu, estamos só nós dois,

diz o que sentes,o que sinto digo!

Eu me contento em ser só teu amigo,

não ponho o carro na frente dos bois,

acostumei-me nesse ora pois pois,

teu colo ainda é meu melhor abrigo!

Pra que mudar, inverter os papéis,

para amanhã não saberes quem sou,

e eu ficar sem saber quem tu és?

assim contentes vens comigo e vou

contigo sempre e amigos fiéis

como de ser Deus nos encarregou.

Enio