Lápide Vazia

E arrastando-se na penumbra sombria

Avisto sua cova enegrecida pelo tempo

Seu nome esquecido em uma lápide vazia

E a sua vida na lembrança de um monumento

No seu rosto já não há mais a vivacidade de outrora

Pois agora estás transfigurada em uma caveira

Aqueles seus belos olhos e os seus bons modos de senhora

Encerrado em um enobrecido caixão de madeira

E no seu túmulo sobrevive apenas uma rosa

Iluminado por uma chama vacilante

Imagino você sozinha, temerosa

Dentro de uma sepultura obscura

Ainda ouço o seu clamor que sai sufocante

E lembro-me daqueles momentos de ternura

Kaynne
Enviado por Kaynne em 24/02/2017
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