O sonho nos Campos Elísios. O rio Lima – Híades (soneto I)
Uma nostálgica foz aparecia!
O sussurro de arcanos suspiros,
entre as folhas e raízes de Papiros,
deixava o lugar preso à letargia!
A alpercata na relva era macia;
vi as plantas com orvalhos em sigilos
cintilando a minh'alma aos Camilos,
sob o céu onde uma Camélia florescia!
À mercê da umidez, levado ao frio,
senti o frenesi d’uma nuvem marfim
seguindo os Lírios nas águas do rio.
Até um doce aroma pairou em mim...
na minha mão surgiu um negro fio
passando um vulto sobre o Carmesim!