* Soneto resposta ao Soneto do Desalento da poetiza Lilian Vargas.

ALENTO

 
O poeta não conjuga o verbo amar
No pretérito passado... Somente
O faz no indicativo do presente,
Único tempo deste amor conjugar!
 
Jamais tu roubaste a prata  do luar,
Pois desde todo o sempre em minha mente
A tua imagem tem constantemente
Todas as nuanças de um céu estelar!
 
Quem és eu sei.  Vou dizer-te quem sou eu:
Vês ao longe o horizonte do universo?
Chegue lá com su!alma  alforriada!
 
Verás a do poeta escravizada
Ao desejo de apenas  ter  um verso
Na poesia d!um ardente beijo teu!



 



*SONETO  DO DESALENTO

Amei o poeta... O poeta não me amou
Na vã ilusão, troquei a noite pelo dia
Criei versos de amor e rimas de alforria
De onde o coração de tudo se libertou
 
Dei carinho, ma o poeta não me amou
Vesti-me de prata, usurpei a cor da lua
Despi-me dos tabus e cesuras... Fiz nua
Supliquei ao vento para lhe dizer quem sou
 
Num lapso de tempo, olvidei o dissabor
Para nós, criei a fantasia num lindo castelo
Ele era rei, eu rainha... Imperava o amor
 
A realidade, friamente, tudo dissipou
Como fumaça que esvai do sonho to belo,
Desencanto foi o que no coração restou!


 * Lilian Vargas.
 

Imagem: Google

Love theme from Romeo Juliet  ( Kenny G . - sax)
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 15/02/2017
Reeditado em 01/07/2021
Código do texto: T5913277
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