ALUCINAÇÃO (soneto)

Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te

Meu coração anda nu por te querer

Minh'alma te tens na razão pra valer

Pois, tu és no meu soneto dor e arte

Os meus olhos alucinam sem te ver

Nada vejo e, estás em qualquer parte

Nos meus desejos tornas-te encarte

De uma repetida narrativa, sem ser

A saudade faz loucuras que reparte

A alucinação de um mesmo sofrer

Pois tudo passa, e nada é descarte

E nestes rastros, sois o meu render

Frágil e também tão forte, dessarte!

Que me tem vivo neste túrbido viver...

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Fevereiro de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 10/02/2017
Reeditado em 29/10/2019
Código do texto: T5908204
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