SONETO DA ILUSÃO

Essa ilusão, moteja, e assim guedelha

Que a má sorte do fado se assemelha

Quanta vez procurava a minha desdita

Se fazendo doce, quando era maldita

Essa ilusão com expectativa e avidez

De uma, duas, três, outra e outra vez

Onde a minha esperança se saciava

Tornou da ventura, a dor... escrava!

Essa ilusão, regateira e vil mentirosa

Que desabrocha espinho e não rosa

Fez ao coração da tristura a sua lei

Agora, triste, choro e padeço, quando

Vejo o infortúnio assim esboroando

Os sonhos que um dia eu sonhei...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/01/2017
Reeditado em 29/10/2019
Código do texto: T5892618
Classificação de conteúdo: seguro