SONETO NUMA SÓ DIREÇÃO

Tudo é ligeiro, fugaz e pura ilusão

Do pó, e para o pó, somos nada

Mal desperta a quimera sonhada

Vem logo a sorte na contramão

O tempo nos engana, só fachada

Então, ter vaidade, é mundo vão

Primavera florada, inverno, verão

Outono de folhas ao vento levada

O que as mãos remam, passaram

A emoção faz do coração morada

Nesta trilha de dúvidas, vastidão

Porém, o amor, ah! Este é jangada

De velas içadas, numa só direção

Levando a alma, numa só toada

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 24/01/2017
Reeditado em 29/10/2019
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