PERDA DE TEMPO (soneto)

A quem me viu além tempo, além vidraça

Da vida, cara a cara, assim, de pertinho

Verás que no tempo e na vida caminho

Graças! E que o tempo no tempo passa!

E por mais que queira, que tudo faça

Implacável é o rumo e tão torvelinho

Aromatizado como o curtido vinho

Se fazendo veloz, como, tal fumaça

Já velho, eu, não busco burburinho

De perda de tempo, ou de chalaça

Se estou jovem ou se sou velhinho

Vivo o tempo, sem tempo de negaça

Mais vale amor no tempo com carinho

Que o valor do tempo que esvoaça...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - 05'55" - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/01/2017
Reeditado em 29/10/2019
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