FIM

Quando a alma do vate percebe e sente
Que a vitalidade vai se esvaindo,
A saudade que chega de repente
É apenas o verão da vida se indo!

A flama que inda pouco era fremente
É só lucerna que vai se diluindo,
E o inverno que se achega impenitente
Prende seus versos no silencio infindo!

O poeta é como a cigarra que canta
No verão, e no outono silencia;
Depois, na solidão fenece enfim...

Por isso é que ele faz a analogia,
Pois que o frio que em sua alma se alevanta,
É também o começo do seu fim!


Foto: Google
Fundo ao piano: Canzone Per Te ( Sergio Endrigo)
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 20/01/2017
Reeditado em 05/08/2019
Código do texto: T5888078
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.