Travertino

Sou um enredo de despistamento

dos presentes de grego do destino,

desfolho em rosas do meu desatino,

carrosséis de hipocampos que apascento.

Meu cavalo de pau brinca menino

no galope das nuvens frente ao vento,

pesadelo dos sonhos que acalento,

cego de sombra em pleno sol a pino.

Dinâmico vetor do cata-vento

é o lamento que tange o violino;

desperta a descoberta o desalento

sob a capa que acolhe ao peregrino,

mas há um travertino que eu invento

entre o meu dom vulgar e o dom divino.

(Publicado originalmente no site www.algoadizer.com.br na edição de outubro de 2016).

luca barbabianca
Enviado por luca barbabianca em 19/01/2017
Reeditado em 19/01/2017
Código do texto: T5886696
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