JUBILA CANÇÃO (soneto)

Bendito sejas o amor, ao coração meu

Que desnudou o breu da minha solidão

Em luz, das andas minhas na escuridão

Quando a sombra, me era o apogeu

Bendito amor, que me estendeu a mão

Como quem no amor oferta o amor teu

Sem distinção, pois, dele dor já sofreu

E então sabe aonde os vis passos dão

Bendito sejas, que no prazer plebeu

Trouxe amor à vida e, boa comunhão

Ao pobre pecante, dum âmago ateu

E então, neste renascer com gratidão

Que no peito uivou e angústias moeu

Do solitário pranto, fez jubila canção.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/01/2017
Reeditado em 29/10/2019
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