SONETO TRANSVERSO

Nosso amor, é amor que não conheço

Teve começo nas quimeras do coração

Tal qual numa quadrilha de São João

Que no luar, o enredo nele foi expresso

Sem bilhete, ou ao violão uma canção

O nosso amor no rumo foi perverso

Sem adeus e, nem o perdão confesso

As palavras na palavra ficaram um não

Se choro aqui no soneto transverso

Choras aí na distância da separação

Assim, na saudade, tudo é submerso

É um vazio tão cheio de imensidão

Que não posso negar, este vil verso

Ainda cego da mais vesana paixão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro, 14 de 2017, 05'30" - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 14/01/2017
Reeditado em 29/10/2019
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