QUIMERAS DOLOROSAS (soneto)

Estou solitário no cerrado sem cores

Nas lembranças tristuras guardadas

No peito vis nostalgias desmaiadas

De sortes desfolhadas e sem flores

As tardes de mesmices requentadas

Que a solidão arrefece aos arredores

Enquanto vão esgarçando as dores

Perdidas saudades hão em toadas

Quantos gemidos, quantos valores

Por estarem dolorosas nas ciladas

Largam as quimeras nos bastidores

E nas presunções alheias, estacadas

Que fazem da condição só temores...

Me vou arrastando entre vergastadas!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Janeiro de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 11/01/2017
Reeditado em 08/11/2019
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