DE VOLTA AO MEU OLHAR

Aqui vai o meu olhar de volta, que brade

pois pra mim o céu aquietou, emudeceu

depois que o seu silêncio me escreveu

só distâncias e, pouca reciprocidade

Se me deu o melhor, em mim só doeu

ao deixar teu gosto na minha vontade

ao sentir que foi um amor na finidade

e que no teu amor, não tem mais o meu

Olha pra mim, só restou a imensidade

dum coração vazio, onde, eu sou réu

num dia de sol que virou tempestade

Se ainda ouve de mim uma canção, eu

ouço o teu suspirar na minha saudade...

Que grita, uiva, na poesia dum plebeu.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Dezembro, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/12/2016
Reeditado em 08/11/2019
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