SONETO DO ANO NOVO

Como no findo ano, não se foi perfeito

Fez-se erros, omissões, pouco o temor

Inundou de desdém e até ódio o peito

Na retrospectiva o coração é recompor

O rito solene de se dar aquele jeito

Deixa na fraqueza a fé no Criador

Vergando ao ter e ao prazer já afeito

Nos dias, em dias sem afeto e calor

Porém, também, tem o bem, feito

Arauto de glória, coroado com flor

Onde o coração implora preceito

Então, que se possa ter o crédito eleito

Em saber ler e escrever a fala do amor

Amando, se doando, sem preconceito...

(Boas festas! Mais comunhão por favor!)

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Dezembro de 2016 - cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/12/2016
Reeditado em 08/11/2019
Código do texto: T5842287
Classificação de conteúdo: seguro