DOMINGO CHUVOSO NO CERRADO (soneto)

Cerrado, as nuvens se encolheram

O céu abriu-se em gotas molhadas

A voz do vento dando gargalhadas

E as trovoadas o silêncio corroeram

Devagar veio o cheiro em pancadas

As folhas secas lânguidas desceram

Ao chão, encharcado e, obedeceram

Silenciosamente as suas chamadas

Uma a uma, gota a gota, vieram

Mansamente forrar as esplanadas

Cumprindo o fado que advieram

Aí, a relva e as árvores prostradas

Usufruindo, agradecimento fizeram

As chuvas no cerrado, tão clamadas

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Domingo, 27/11/2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/11/2016
Reeditado em 08/11/2019
Código do texto: T5836531
Classificação de conteúdo: seguro