DESENCONTROS (soneto)

Saudades nas vontades que se esfumam

No tempo visto com os olhos lacrimejados

Vou-me, assim, nos sonhos debruçados

Dos devaneios findos, antes que sumam

Dores e fantasmas na alma sepultados

São sombras que na frustração abulam

Com vozes que na emoção deambulam

Numa espera tensa de prazeres alados

Nas solidões frias... As carências bulam

Arreliam e se desfazem em enevoados

De refrigério que as futilidades simulam

Então, tento resgatar dos inesperados

Fados, versos que sobram e, engulam

Os desencontros no coração atarracados

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

27 de novembro, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/11/2016
Reeditado em 08/11/2019
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