SONETO EM QUESTÃO (cerrado)
Será culpa, talvez, do teu emaranhado
o fato da sedução no teu desigual
numa beleza cheia de luz, no auroral
provocar espanto, oh! Sibilino cerrado?
Será culpa, talvez, do seu jeito casual
num chão sulcado e tão cascalhado
dum infinito horizonte descampado
permitir olhares de gozo descomunal?
Talvez seja, o simples no erudito arado
semeando o erudito no simples areal
causando, o jardim rasteiro, encantado
Que nos faz ficar insistente, no colossal
no qual o místico faz parte deste estrado
que sustenta, a diversidade: - o cerrado.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Novembro, 2016 - Cerrado goiano