SONETO NOTURNO

No olhar do entardecer silencioso

o dia adormece e se põe a sonhar

envolto no aroma, da noite, precioso

se vai derreado nos braços do luar

Se há choro, porque há fado danoso

também, há perfume de rosa pelo ar

se alguém soluça, há evento doloroso

pois, no amor, aquele não soube amar

E neste lusco fusco do tempo ditoso

vai-se o tempo no ininterrupto caminhar

pois, a vida no tempo é tempo vaporoso

Assim, vem o dia, logo a noite a tombar

num ciclo do destino um tanto misterioso

mas, que na existência, é um poetar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Novembro, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 13/11/2016
Reeditado em 08/11/2019
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