TANTO (soneto)

Que importa, oh sonho! Se sonhei tanto

Se por ti, tanto e mais tanto, estou aqui

E hoje, pra não ver os olhos em pranto

Vejo o tanto de estórias que eu escrevi

Agora são meus fados, cheios de encanto

Dum destino intenso, que sonhei, e vivi

Se truncados, me foi tanto, que são canto

Cantando tanto, que tanto não esqueci

Se o passado se esvai, o futuro no entanto

É presente na minha felicidade, entretanto

A saudade dói, de não tanto, ter tanto mais

Portanto, o milagre de se ser, eu aprendi

Foi tanto amor, que nele eu tanto construí

E estes tantos na alma, nunca são demais

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

outubro de 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/10/2016
Reeditado em 08/11/2019
Código do texto: T5807014
Classificação de conteúdo: seguro