ÚLTIMO SONETO PRA TI

Alega o teu olhar não me querer mais

com palavras tão vazias e sem dispor

Agora como sair deste vicio imperador

se no coração, ter-te, ventura me traz

Alega tuas mãos, negação e mal humor

é um artifício impensável que dói demais

E nesta meada a tramontana é a que vais

se com plangor, é por ter tédio no clamor

Agora me sinto um nada nos teus sinais

São tantos versos esquálidos e sem cor

Deserção, desencontro e desapego tais

Pois, minha emoção sempre foi dispor

o laço, nos laços não foram desiguais...

Se lhe é aversão, saiba que eu fui amor

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
Código do texto: T5733076
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