BORDÃO (soneto)

Recordar-te é fazer brotar o amor

que não morreu, estava prostrado

e num gesto apenas demonstrado

revive que amei, com um tal fervor

É de um silêncio tão ensurdecedor

que o presente então vira passado

o passado na saudade é lembrado

e guardado no peito a ti acolhedor

No tempo e espaço, a imaginação

delira com sofreguidão da evasão

aos tinos, por mais que não olhe-os

Então, que me resta é a recordação

e sonhar, pois, és sempre o bordão

de nostálgica memória aos olhos!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 17/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
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