SONETO COM QUIMERA

Estás onde, amor? O peito clama

a tua imagem nos desejos chora

a poesia sem ti assim vai embora

o leito está morno, e sem chama

Fico imaginando teu olhar agora

no meu olhar enflorar em rama

invadindo meu corpo, que flama

em afagos de tempos de outrora

Vem! Não me deixes aqui tão só

num tal vazio laço de um uno nó

e no silêncio que fere com solidão

É um amor tão ausente que dá dó

na afável emoção faz um forrobodó

e traz ganido no saudoso coração

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 12/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
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