CONFISSÃO (soneto)

Perdoa, pelos tantos erros, perpetrado

Pela omissão que em mim acaso calei

A confissão que na falta não confessei

Num tal medo do ser réu no ser culpado

Perdão, se dos enganos eu pouco falei

Quando o silêncio tinha de ser quebrado

E a confidência na confiança ter selado

Mas, na insegurança a coragem hesitei

Na utopia do outro que era equivocado

Levei a ilusão de que ser manhoso é rei

E que num novo dia novo renascia o fado

Se, cedo ou tarde, confesso que errei

Às tantas palavras, se foram desagrado

Perdoa, a nímia mácula que eu causei

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Final de julho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 31/07/2016
Reeditado em 06/11/2019
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