EXILADO

Quem jogou na minh'alma essa solidão

Que brada angústia com gosto amargo

E à ardente boa ventura causa embargo

Encarcerando está ânsia no meu coração

Quem com mãos frementes teve encargo

De incinerar com silêncio toda a emoção

Se o amor no viver necessita de sedução

E o fado no ter sorte quer este desencargo

Assim, como então sair duma maldição

Oh! Doce e pura felicidade, de olhar argo

Observe, e neste exílio me traga solução

Ah! Desventurado e vil desígnio letargo

Que me vê nesta temerosa e fria prisão

E me algema sem qualquer desembargo

Luciano Spagnol

Julho de 2016

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/07/2016
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