EPITÁFIO (soneto)
Aqui jaz, um "bravante" sonhador
Dos anos vencidos pelo decesso
De cinza ao pó em seu regresso
Nesta lápide pousa em lá menor
Que as sombras traguem apreço
E nesta desforra do fado, louvor
Que seja a terra leve neste andor
E bento os passos no ingresso
No frio mármore saudade e dor
A mim ofertados, assim eu peço
Se não, também, agrada só flor
Só não me deixes aqui opresso
Sem oração ao Deus Criador
Se merecedor, eu tenha acesso
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
julho de 2016 – Cerrado goiano