SER (soneto)

A meninice ficou madura na criança

Quando fui no tempo para crescer

Por lá ficou a inocente lembrança

De como bom é este gozo no viver

Deixei ali os sonhos e as mil ilusões

Ah, nem mais sei qual gosto quero ter

Pois na diversidade me vi multidões

E pude perceber que longo é o saber

Se tento recordar, choro nas emoções

Se tento me conter, não sei me achar

Se tento ponderar, me firo em aguilhões

E assim, sou e nada sou, neste caminhar

Vou indo, paro, e novamente caminhando

Na busca te ser e ter o antigo e novo olhar

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

julho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/07/2016
Reeditado em 06/11/2019
Código do texto: T5712583
Classificação de conteúdo: seguro