SER (soneto)
A meninice ficou madura na criança
Quando fui no tempo para crescer
Por lá ficou a inocente lembrança
De como bom é este gozo no viver
Deixei ali os sonhos e as mil ilusões
Ah, nem mais sei qual gosto quero ter
Pois na diversidade me vi multidões
E pude perceber que longo é o saber
Se tento recordar, choro nas emoções
Se tento me conter, não sei me achar
Se tento ponderar, me firo em aguilhões
E assim, sou e nada sou, neste caminhar
Vou indo, paro, e novamente caminhando
Na busca te ser e ter o antigo e novo olhar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
julho de 2016 – Cerrado goiano