SONETO MINGUANTE

Procurei por ti, ó lua, neste anoitecer

E tu estava sem sair à rua, silente

Nenhuma estrela estava reluzente

Tal qual a solidão aqui no meu viver

Noite de inverno, um vazio ingente

Cerrado seco, melancolia a verter

O silêncio no quarto a transcender

E a saudade ousando ser confidente

Escuto o vento na vidraça a bater

Querendo vir me abraçar contente

Se possível fosse sua privança ter

Neste minguante sentimento poente

Nas lembranças eu tento me aquecer

Pois, até a ilusão de mim está ausente

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

23 de julho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/07/2016
Reeditado em 06/11/2019
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