SONETO NA MADRUGADA FRIA

Madrugada fria, no cerrado, lua no céu

Confidente, luzente, criando imaginação

Que faz do vazio, menestrel desta solidão

Nostálgica, que rascunha pesar no papel

Com duas estrelas ali caídas ao chão

Uma pulsando a saudade ao peito fiel

A outra querendo memorar feliz cordel

E assim, as duas, ditando a sua versão

Então, nas linhas, somente verso infiel

Chorando dos dedos, suspiros em vão

Já no tempo, perdidos, em veloz tropel

Oh, madrugada fria, consinta a emoção

Sair desta letargia de estar aqui ao léu

E dê ao versejar doce e leve inspiração

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Julho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/07/2016
Reeditado em 06/11/2019
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