INDIFERENÇA

Ah, rouca voz que teima em não calar!
Incitada pela alma tão inquieta
E pelo coração a palpitar,
Ofertando esse amor que não se aquieta.

Mas você não responde, está tão quieta...
Perdeu a voz meu bem? Não quer falar?
E por que está distante o seu olhar?
Estaria a fazer do amor dieta?

Não sei como é que pode não sentir
E ficar nesse frio da indiferença;
Por que é que não consigo lhe atrair?

Não imagina o ardor de tal querença,
Mas sei que um dia irá por bem me ouvir...
Adorarei então a recompensa.




Grato, belíssimas interações:

 
FAZENDO BEICINHO...

Pois eu lhe digo que você me magoou!
Por isso é que eu fico assim tão quieta...
Não quero conversar. Agora vou
Pensar no que fazer. Estou alerta!

É claro que estou assim tão fria
Como queria que estivesse me sentindo?
Estar feliz eu bem que adoraria
Mas raiva devo continuar fingindo!...

Só faço um charminho pra testar
O quanto faço falta pra você.
Redime, meu amor, vê-lo sofrer...

Sei muito bem que essa espera o atiça
O seu desejo aumenta mais com a cobiça
Em recompensa você vai se deleitar!...
(Ângela Faria de Paula Lima)


 
VÊ SE ENTENDE!

Que esperas mais de mim que te dou tudo?
Acho que tu já perdeste a medida,
bem notei que és mesmo cabeçudo,
nem reparas na querença escondida.

A distância que eu simulo é fingida,
resultado de um acurado estudo.
Que esperas mais de mim que te dou tudo?
Acho que tu já perdeste a medida.

Olha só, se for preciso eu te ajudo,
desde que seja a primeira em tua vida,
não diz nada, cala a boca, fica mudo
antes que eu volte atrás, arrependida.

Que esperas mais de mim que te dou tudo?
(HLuna)



!_ INDIFERENÇA _!

Essa força gélida, me faz invisível,
Ante lindos olhos, fonte de desejo...
Queima por dentro e torna sobejo,
Quimeras de vida e sonho possível...

Retalha almas com espada incolor,
Que criam feridas e não cicatrizam...
Dores que surpreende e paralisam,
Quando se investe a vida no amor...

Não ser notado se torna aterrador,
Afetando até a vontade de sonhar...
É contundente, e impossível evitar...

A alternativa pra sair desse horror,
É voltar pra mim o poder de amar;
Vencer indiferenças pra me gostar...

(Jacó Filho)


Kid verso
Enviado por Kid verso em 27/06/2012
Reeditado em 30/06/2012
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