SONETO DA ETERNA PROCURA
Algo de teu procuro em todas as mulheres
Que vejo nos ônibus, nas ruas e nas praças.
Olhos, os cabelos, o perfume que preferes,
A emoção que sempre fica quando passas.
Em uma delas imaginei reconhecer a boca,
Cereja laqueada em mel, a rubra guloseima.
Noutra os mesmos pés, mãos, até a roupa,
Só aparências alimentando a minha teima...
Em algumas quase reconheci as tuas linhas
Mas não tinham o acabamento de um artista
Nem as orelhas que copiastes às conchinhas.
Agora sei que se Deus fez alguém igual a ti,
Como eu, Ele é também um grande egoísta
Pois que deve ter guardado somente para Si.
Algo de teu procuro em todas as mulheres
Que vejo nos ônibus, nas ruas e nas praças.
Olhos, os cabelos, o perfume que preferes,
A emoção que sempre fica quando passas.
Em uma delas imaginei reconhecer a boca,
Cereja laqueada em mel, a rubra guloseima.
Noutra os mesmos pés, mãos, até a roupa,
Só aparências alimentando a minha teima...
Em algumas quase reconheci as tuas linhas
Mas não tinham o acabamento de um artista
Nem as orelhas que copiastes às conchinhas.
Agora sei que se Deus fez alguém igual a ti,
Como eu, Ele é também um grande egoísta
Pois que deve ter guardado somente para Si.