Angústia

Já madrugada, angústia não desapega,

Toma meu leito como dela o fora,

Pesar falseia, mas no fundo adora

Velar-me a dor que me desassossega...

Mormente o sono, até manhã mo nega,

Grande agonia ao peito meu aflora,

Agrura n’alma, aflição me apavora

E mais me atrela a essa infausta entrega...

Não me socorre alívio algum, por esta hora,

Massacrado ao peso agudo e frio da presa,

Na rudeza da fera, ao furor que me devora...

Guardo escondida uma esperança, inda acesa,

Conquanto não manifestada por agora...

Martirizada jaz, por ora, minh’alma indefesa...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 09/02/2011
Código do texto: T2781589
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