É NA FORNALHA DO ENGENHO

É na fornalha do engenho que se fará o produto,

Depois da cana moída e dela extraído o sumo,

Chamado caldo de cana garapa e outros costumes,

Levado a estas caldeiras o cozimento muda tudo.

O vapor retira a água vai ficando a massa astuta,

Que se fará de melaço se mais cozida outro rumo.

Na fornalha do engenho é que se faz o produto,

Depois da cana moída e dela extraído o sumo.

Ao mudar-se de vasilha cada uma engrossa mais,

E assim no decorrer do dia muita rapadura se faz,

Alem dos outros produtos intermediários desta luta,

Ao final vem o prazer que os afazeres nos imputa,

É na fornalha do engenho que se fará o produto.

PUBLICADO NO FACE EM 24/04/17

LUSO POEMAS, 25/04/17