LIVREMENTE

Livremente sonhei com o refrigério do amor

Descortinado em dias tristes e nublados;

Mas houve dias em que senti uma lancinante dor

Enquanto livremente bebia no cálice dos enlutados.

Submergindo na lírica dos poetas apaixonados,

Nutri esperança em dissolver o fel do amargor;

Então, livremente sonhei com o refrigério do amor

Descortinado em dias tristes e nublados.

Livremente, plantei sementes de alento com primor,

A fim de fazê-las crescer na alma dos desamparados;

Nas trevas prolongadas sob as ameaças do temor

E nos dias de sonhos e desejos lacerados,

Livremente sonhei com o refrigério do amor.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 19/01/2017
Reeditado em 11/04/2020
Código do texto: T5887058
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