Quincas Borba

Esse romance é de autoria de Machado de Assis, e é a sexta edição edição, sendo editada pela Editora Record no Rio de Janeiro no ano de 2008.

O curioso que esse livro foi escrito por Machado de Assis no ano de 1891, mas 10 anos antes no livro de Memórias Póstumas de Brás Cubas é feito menção sobre o protagonista desse romance, onde Brás Cubas alegava ser seu amigo e algumas menções são feitas a ele.

O romance conta a história do mendigo e filósofo Quincas Borba, que acabou recebendo uma herança do seu tio que falecera, ficando num estalar de dedos rico. Ele morava em Barbacena-Mg e ali difundia a sua filosofia que conforme o capítulo VI, página 19 traz a ideia principal dessa filosofia, que é: "Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de formas, pode determinar a supressão de uma delas;mas, rigorosamente não há morte, há vida, porque a supressão de uma éa condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum, Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância, mas se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz nesse caso é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor as batatas."

Conforme essa filosofia de Quincas Borba, não existem vencedor e vencido, apenas ambos fazem parte de um processo, onde cada um irá a fazer a parte que te cabe. Trocando em miúdos é simplesmente a lei do mais forte, manda quem pode e obedece que tem juízo.

Quincas andava muito deprimido e resolvera fazer uma viagem, mas antes disso colocara Rubião, seu servo como um herdeiro da sua herança e no Rio de Janeiro depois de tanto perambular ele morre na presença do seu amigo Brás Cubas.Rubião fica sabendo da morte do seu patrão e logo em seguida vai participar do testamento. O que Rubião não sabia, que seria o herdeiro universal, onde todos os bens que Quincas Borba tinha, eram agora transferidos para Rubião. Mas para que isso acontecesse teria que cumprir uma única exigência, que era cuidar com todo carinho e pompa do seu cachorro que tinha o seu pseudônimo e quando este morresse, teria que dar a ele um enterro digno de um dono milionário.

Durante a ida de Rubião, que resolvera sair de Barbacena-MG e fora morar no Rio de janeiro, no meio do caminho ele encontra com um casal,Palha e Sofia, que fatalmente iriam levar Rubião à loucura, miséria e morte. No decorrer da trama será discorridos os momentos de loucura de Rubião, seu amor e encantamento por Sofia e o jogo de sedução da mesma, que conscientemente adorava seduzir os homens que estavam a sua volta.

Eu particularmente, a medida que o livro ia chegando o seu final, fiquei agoniado e triste, indignado até mesmo com o autor Machado de Assis, por que fizera um final tão triste para o coitado do Rubião.

Inicialmente na corte, ajudava a todos, principalmente a esse casal que depois iria ficar milionário com a ajuda de Rubião. Devido ser um homem rico, era bajulado por todos. Mas Rubião, se descuidou e não achava que tamanha riqueza iria acabar um dia, esbanjando dinheiro para todo lado.

No final quando estava pobre, os seus bajuladores ignoravam, quando Rubião ia visitá-los, arrumavam uma forma de despachá-lo o mais rápido e o fim que restou a Rubião e ao seu cachorro Quincas borba foi morrer na miséria, sem falar que Rubião ficara louco, sendo que achava que era Napoleão.

Final triste e deprimente, Infelizmente, na maioria das vezes, é isso que acontece no mundo real, amigos pode contar no dedo, já os bajuladores estão sempre a nos rodear.

Apreciador
Enviado por Apreciador em 17/07/2017
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