Resenha "Um estudo em Vermelho" e "Um estudo em rosa".

RESENHA

DOYLE, Arthur Conan. Um estudo em vermelho. Traduzido por Hamilcar de Garcia. 1 ed. Londres: Beeton's Christmas Annual, 1887. 90 p.

Sherlock: Um estudo em rosa. Direção: Steven Moffat. Produtora: BBC. Cinematografia: Fabian Wagner. Londres, 2010. 88 minutos. Disponível em: http://www.seriesonlinehd.org/player_series/ok2.php?key=38552668807. Acesso em: 14 de junho de 2017.

O livro “Um Estudo em Vermelho”, de Arthur Conan Doyle, publicado em sua primeira edição pela editora Beeton's Christmas Annual, em 1887, retrata de maneira interessante e intrigante a história de um notável detetive e um ex-médico do exército, que elucidam um misterioso assassinato. O autor, que também era médico e escritor, divide a obra em duas partes, de 7 capítulos cada. Já a série Sherlock, foi criada por Steven Moffat, baseada nos livros escritos por Conan Doyle, começou a ser produzida em 2010, contextualizando nos dias de hoje as aventuras descritas por Doyle. No começo das duas obras, são apresentados os personagens principais: John Watson e Sherlock Holmes. Watson, médico militar dispensado, que vivia uma vida solitária em Londres, recebe o convite para dividir uma casa com o detetive Holmes, que era estranho até mesmo para as pessoas mais próximas dele, devido aos seus dons impressionantes de dedução. Holmes recebe um convite para investigar um misterioso caso, cujo a polícia inglesa não tinha perspectiva de solução. Após analisar a cena do crime, Sherlock fica intrigado. Aqui está uma diferença nas duas obras: No livro, a palavra “Rache” que é encontrada na cena do crime realmente queria indicar vingança em alemão, o foi mudado na série, lá a palavra indicava o nome Rachel. Ao sair da casa, busca mais informações sobre o crime. No livro, visita a casa do primeiro policial a chegar na cena do crime. No estudo em rosa, ele rastreia o celular da vítima, que ainda estava em posse do assassino. No livro, Holmes segue uma pista errada, estava perdido no caso, até que um dos inspetores da Scotland Yard, Gregson, prende um cidadão que ele julgava como autor do homicídio, devido a ligação da vítima com o pensionato da família do homem preso. Porém, a tese do primeiro inspetor é desmentida, quando outro inspetor, descobre outro delito, sem relação com o homem preso. Um detalhe levantado pelo segundo inspetor, chama atenção de Holmes, e lhe fez elucidar o caso: o assassino era o cocheiro, Jefferson Hope. No seriado, Holmes é sequestrado pelo taxista, e é coagido para tomar uma das pílulas do veneno que matou as outras vítimas. Ele quase põe uma na boca, mas é salvo por Watson, que mata o taxista. A segunda parte do livro conta a história de como surgiu o ódio de Hope pelos homens assassinados. Primeiro, ele salva uma linda moça, Lucy Ferrier. Eles são impedidos de casar, e são perseguidos pelas famílias dos dois homens mortos na primeira parte do livro, e a fuga de Hope para o Reino Unido. Por fim, Hope presta depoimento contando como foram os assassinatos. A trama de Conan Doyle é incrivelmente fantástica. Tem suspense, mistério, e as maneiras de resolução empregadas por Holmes encantam e prendem o leitor nas linhas e parágrafos do texto. A própria explicação da história de Hope com os homens que são assassinados, o sentimento de vingança, traz ao leitor um enredo extremamente interessante. A adaptação de Moffat foi muito bem executada, corrigiu alguns elementos que ficariam imprecisos devido a mudança de época em que a trama se passa. Além disso, a escolha dos atores foi muito precisa, Martin Freeman, como John Watson, e, principalmente, Benedict Cumberbatch, que já tinha sido fenomenal em outros papéis, como o do dragão Smaug, na trilogia “O Hobbit”, e Doutor estranho, no filme homônimo.

Marcos Paulo Pereira Matos

Marcos P Pereira
Enviado por Marcos P Pereira em 23/06/2017
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