Histórias infantis de José Mauro
HISTÓRIAS INFANTIS DE JOSÉ MAURO
Miguel Carqueija
Resenha de “Coração de vidro”, por José Mauro de Vasconcelos — Edições Melhoramentos, São Paulo-SP, décima-primeira edição, 1971. Desenho em preto do autor. Ilustrações em cores de Gioconda Uliuna Campos.
Este livrinho, com menos de cem páginas, letras grandes e páginas de ilustrações, pode rapidamente ser lido e é destinado principalmente ao público infantil. São quatro histórias passadas no ambiente bucólico de uma fazenda.
Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, não é tão fácil escrever para crianças. Há que ter tato e bom gosto. Ao expor uma mensagem ecológica José Mauro usa de delicadeza e clareza:
“Tudo era lindo, muito lindo, na fazenda. Mas os homens estragavam tudo...”
“A missa do sol”, pungente, expõe a maldade que existe em prender pássaros nas gaiolas. A história é mostrada pelo ponto de vista de um desses prisioneiros, desde os seus tempos de liberdade.
“O aquário” é uma história mais triste ainda, desta vez com o ponto de vista de um peixinho que do açude da fazenda passa a morar num aquário, estregue aos “cuidados” de uma empregada que negligencia trocar a água.
“O cavalo de ouro” é o depoimento de um cavalo que, depois de ser aclamado como campeão de corrida, envelhece, é dado como inútil e abandonado na floresta.
A árvore” fala de um menino que, enquanto viveu na fazenda, em contato com a natureza, amava tudo ali e até conversava com sua árvore favorita, a Candoca. Mas um dia o menino é internado em um colégio, a fazenda é abandonada por causa da separação dos pais, a decadência toma conta de tudo. Ao retornar já adulto para liquidar a propriedade, o “Príncipe” (como a árvore o chamava) mal se lembra da mangueira, da qual restou apenas o toco serrado...
São histórias tristes mas que mostram às crianças que devem evitar tornar-se adultos insensíveis e cruéis.
José Mauro de Vasconcelos é autor de obras bem conhecidas, como “O meu pé de laranja lima”, “Arraia de fogo” e “Rosinha, minha canoa”.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2016.
HISTÓRIAS INFANTIS DE JOSÉ MAURO
Miguel Carqueija
Resenha de “Coração de vidro”, por José Mauro de Vasconcelos — Edições Melhoramentos, São Paulo-SP, décima-primeira edição, 1971. Desenho em preto do autor. Ilustrações em cores de Gioconda Uliuna Campos.
Este livrinho, com menos de cem páginas, letras grandes e páginas de ilustrações, pode rapidamente ser lido e é destinado principalmente ao público infantil. São quatro histórias passadas no ambiente bucólico de uma fazenda.
Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, não é tão fácil escrever para crianças. Há que ter tato e bom gosto. Ao expor uma mensagem ecológica José Mauro usa de delicadeza e clareza:
“Tudo era lindo, muito lindo, na fazenda. Mas os homens estragavam tudo...”
“A missa do sol”, pungente, expõe a maldade que existe em prender pássaros nas gaiolas. A história é mostrada pelo ponto de vista de um desses prisioneiros, desde os seus tempos de liberdade.
“O aquário” é uma história mais triste ainda, desta vez com o ponto de vista de um peixinho que do açude da fazenda passa a morar num aquário, estregue aos “cuidados” de uma empregada que negligencia trocar a água.
“O cavalo de ouro” é o depoimento de um cavalo que, depois de ser aclamado como campeão de corrida, envelhece, é dado como inútil e abandonado na floresta.
A árvore” fala de um menino que, enquanto viveu na fazenda, em contato com a natureza, amava tudo ali e até conversava com sua árvore favorita, a Candoca. Mas um dia o menino é internado em um colégio, a fazenda é abandonada por causa da separação dos pais, a decadência toma conta de tudo. Ao retornar já adulto para liquidar a propriedade, o “Príncipe” (como a árvore o chamava) mal se lembra da mangueira, da qual restou apenas o toco serrado...
São histórias tristes mas que mostram às crianças que devem evitar tornar-se adultos insensíveis e cruéis.
José Mauro de Vasconcelos é autor de obras bem conhecidas, como “O meu pé de laranja lima”, “Arraia de fogo” e “Rosinha, minha canoa”.
Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2016.