A Caderneta Vermelha
 
   Este livro não é exatamente uma história comum, na verdade, é a união de fatos ocasionados por simples instintos humanos, como a curiosidade, desejo e a busca pelo desconhecido. E claro, é retratado em uma das mais belas cidades do mundo, seja bem-vindo as ruas de Paris.
   Creio que o Senhor Laurent ficaria feliz em vê-lo em sua livraria, mas cuidado em perguntar sobre uma bolsa lilás que ele encontrara na rua, dizem por aí que ela foi capaz de mudar sua vida. Mas tudo bem Laurent, vamos deixá-lo em paz e passear um pouco.
   Laure é uma eximia douradora que é abordada já na calada da noite por um ladrão em frente ao prédio onde mora, o mesmo leva consigo sua bolsa e após o infeliz encontro ela acaba fraturando a cabeça ao cair.
   Na manhã seguinte Laurent a encontra e aí começa a grande magia desta história. Ambos os personagens são rodeados por pessoas um tanto quanto sociáveis, mas ao mesmo tempo apresentando a maioria dos problemas que a sociedade atual vive.
   Quando pensamos um pouco sobre amor é difícil realmente acreditar que um impulso nos pudesse fazer encontra-lo de uma forma tão peculiar, mas aqui, você acaba deliberadamente desejando o sucesso de nosso protagonista, querendo que ele e a mulher desconhecida sejam felizes para sempre, mesmo que os longos anos de suas vidas até aqui tenham sido um pouco exaustivos, nunca é tarde para se encontrar a felicidade.
   Talvez o principal detalhe do livro seja a maneira de como conhecemos a protagonista através de sua caderneta, enquanto Laurent a lê e bisbilhota sua bolsa, mal imagina que Laure está em coma no hospital a alguns dias, tudo acaba se unindo de uma forma sutil e muito bem arquitetada.
   Realmente é um pouco difícil falar sobre o livro sem mencionar Antoine Laurain, o grande autor da obra é diretor e roteirista. Usa uma perfeita maneira de descrição e nos transfere de forma completa todas as sensações dos personagens, é preciso também falar sobre seus longos parágrafos, que maximizam os detalhes.
   A Caderneta Vermelha é um romance leve, improvável e que lhe fará muito bem, contém personagens envolventes e importantes para trama, mas é claro que o foco está nos protagonistas que acabam por entrelaçar-se de uma maneira diferente dos habituais romances.
 
Pontos positivos: Descrição, cenários, requintes franceses, desenvolvimentos dos personagens principais e secundários.
 
Pontos negativos: O livro é curto (133 páginas), acaba deixando de lado algumas dúvidas impostas pelo seu elenco de apoio, mas nada incomum, afinal, é sobre o romance de Laurent que queremos descobrir o final.

Autor: Antonie Laurain.
Editora: Alfaguara.
Nota: 9,5.
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 23/10/2016
Reeditado em 23/10/2016
Código do texto: T5800468
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