Viagens Alucinantes

Nasce o homem e o pensamento

ainda não cabe no tempo

a não ser pelo ser consorte

por surfar nessa escuridão enorme.

O filho encontra no calor abrigo

e o pai aquele ardor amigo,

não se confunde apenas com fervor.

A festa acabou mas foi sonho

e perceberam seu início medonho.

Um rastro de afazeres facílimos

se fez substituído por estados vizinhos,

se fosse dizer diria que era outro,

o Rock trouxe para o Reino o Diabo.

Deus viu tudo com a Deusa: "Vem perseguida -,

descobriste o pesadelo, era mentira."

À mesma bradou a aleatoriedade

"- A inocência é maior que a maldade!"

Veio à luz a Terra dera,

de planícies velhas plena

fez-se planaltos para exaltação dos altos

a viajar sem culpas pelos espaços.

"- Mãe, sigamos jus essa Luz!"

"- É única a estrutura dos espíritos

na alma, lembre-te com calma..."

O embalo trouxe de volta a certeza

que a divina natureza não abandonou

esperança, se divertir no passeio,

encontrar os amigos e quem sabe, vadiar.

Não têm medo de ser infantil

pueril

pode ser que aja

o além.

Nos becos luz e horizonte,

no ramado pelo armado.

Nos muros sono delírio,

além deles gozo e sorriso.

A realidade torna precipício

o compromisso, nódoa e um salto.

"- Não esqueças que está

consciente do nada!

Mundo torto

que não presta,

mandou o mesmo

entrar sair.

De boa-fé,

foi feio

mas foi ontem.

Só sobrou o pó.

Até então -

três almas

vieram juntas -

o Amor, vinga afinal.

22/02/2015

PEPPER
Enviado por PEPPER em 26/05/2017
Reeditado em 17/08/2020
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