O mundo maravilhoso de Alice
O MUNDO MARAVILHOSO DE ALICE
Miguel Carqueija
“Se eu tivesse um mundo só meu, ele seria feito de absurdos.”
(Alice)
“Minhas flores: quanta coisa eu diria às flores.”
(Alice)
“Vocês não passam de um baralho de cartas!”
(Alice)
Resenha da animação de longa-metragem “Alice no País das Maravilhas” (Alice in Wonderland) – Walt Disney Productions, Estados Unidos, 1951. Produçao executiva: Walt Disney. Supervisaão de produção: Ben Sharpsteen. Direção: Clyde Geronimi, Hamilton Luske e Wilfred Jacson. Direção de animação: Milt Kahl, Ward Kimball, Frank Thomas, Eric Larson, John Lounsbery, Ollie Johnston, Wolfgang Reitherman, Marc Davis, Les Clark e Norm Ferguson. Roteiro: Wiston Hibler, Ted Sears, Bil Peet, Eronan Penner, Joe Rinaldi, Milt Banta, Bill Cottrell, Dick Kelsey, Joe Grant, Dick Huemer, Del Commell, Tom Oreb e John Walbridge. Adaptação do livro homônimo de Lewis Carrol.
Quem leu o magnífico livro de Lewis Carrol sabe que adaptá-lo cinematograficamente seria realmente difícil. Ora bem, a versão animada que o grande Walt Disney realizou em 1951, com a equipe de escol que ele catalisou em seu estúdio, é extraordinariamente fiel à obra original e, além disso, possui um fascínio visual impressionante. É um notável desfile de cores esfuziantes, cenários extravagantes, situações insólitas e absurdas, tudo girando em torno de Alice, uma menina curiosa e inteligente, de forte personalidade, capaz de esquecer a irmã e a lição tomada numa tarde ensolarada no campo, e correr atrás de um coelho que falava, usava roupas e queixava-se de estar atrasado, segurando um relógio de algibeira.
Ao cair na toca do coelho branco, deixando para trás a gata Dinah, Alice vai parar num mundo insólito onde as leis habituais, mesmo da Física, não parecem se aplicar. E na sua trajetória, tentando entender o “nonsense” desse estranho mundo, ela lidará com uma gama de personagens cada qual mais excêntrico. É o caso do Dodo, o grande pássaro que comanda uma corrida em círculo onde todo mundo corre para secar as roupas, só que isso se passa num escolho do mar, onde a toda hora as ondas vêm e enxarcam de novo a todos – menos o Dodo, que comanda a maluquice do alto de uma pedra.
Pior ainda é o chá com o Chapeleiro Maluco, a Lebre Telhuda e o Ratinho; o diálogo com a Lagarta ou ainda, quando Alice tem de lidar com a Rainha Vermelha, megera corpulenta servida por um exército de cartas de baralho (sic) e, irascível, por qualquer contrariedade manda cortar a cabeça.
A solidão de Alice num mundo estranho, onde ela não tem lar e não sabe o caminho de volta, é extraordinariamente acentuada numa cena pungente, na mata, onde a menina monologa e chora, enquanto os bizarros habitantes locais, admirados, postam-se ao seu redor.
Afinal é o gato de Chesire, o gato desvanescente, com seu sorriso maroto, quem mostrará o caminho de fuga, zombando até da Rainha Vermelha.
Também os gêmeos Tweedle Dee e Tweedle Dum, que contam a trágica história do Walrus (morsa), do carpinteiro e das ostras, vêm a ser um destaque na história.
A menina Kathryn Beaumont, estreando no cinema, faz a voz de Alice; no ano seguinte faria a voz de Wendy Darling em “Peter Pan”.
ELENCO
Alice................................................Kathryn Beaumont
Mad Hotter.....................................Ed Wynn
Caterpillar (Lagarta)........................Richard Haydn
Chesire Cat......................................Sterling Holloway
March Hare.....................................Jerry Colonna
Rainha Vermelha.............................Venna Felton
Walrus, Carpenter...........................Pat O’Malley
Dee e Dum.......................................idem
White Rabbit, Dodo.........................Bill Thompson
Alice’s sister.....................................Heather Angel
Doorknob.........................................Joseph Keannu
Bill.....................................................Larry Grey
Bird....................................................Queenie Leonard
King....................................................Dink Trout
Direção de Arte: Mary Blair
O MUNDO MARAVILHOSO DE ALICE
Miguel Carqueija
“Se eu tivesse um mundo só meu, ele seria feito de absurdos.”
(Alice)
“Minhas flores: quanta coisa eu diria às flores.”
(Alice)
“Vocês não passam de um baralho de cartas!”
(Alice)
Resenha da animação de longa-metragem “Alice no País das Maravilhas” (Alice in Wonderland) – Walt Disney Productions, Estados Unidos, 1951. Produçao executiva: Walt Disney. Supervisaão de produção: Ben Sharpsteen. Direção: Clyde Geronimi, Hamilton Luske e Wilfred Jacson. Direção de animação: Milt Kahl, Ward Kimball, Frank Thomas, Eric Larson, John Lounsbery, Ollie Johnston, Wolfgang Reitherman, Marc Davis, Les Clark e Norm Ferguson. Roteiro: Wiston Hibler, Ted Sears, Bil Peet, Eronan Penner, Joe Rinaldi, Milt Banta, Bill Cottrell, Dick Kelsey, Joe Grant, Dick Huemer, Del Commell, Tom Oreb e John Walbridge. Adaptação do livro homônimo de Lewis Carrol.
Quem leu o magnífico livro de Lewis Carrol sabe que adaptá-lo cinematograficamente seria realmente difícil. Ora bem, a versão animada que o grande Walt Disney realizou em 1951, com a equipe de escol que ele catalisou em seu estúdio, é extraordinariamente fiel à obra original e, além disso, possui um fascínio visual impressionante. É um notável desfile de cores esfuziantes, cenários extravagantes, situações insólitas e absurdas, tudo girando em torno de Alice, uma menina curiosa e inteligente, de forte personalidade, capaz de esquecer a irmã e a lição tomada numa tarde ensolarada no campo, e correr atrás de um coelho que falava, usava roupas e queixava-se de estar atrasado, segurando um relógio de algibeira.
Ao cair na toca do coelho branco, deixando para trás a gata Dinah, Alice vai parar num mundo insólito onde as leis habituais, mesmo da Física, não parecem se aplicar. E na sua trajetória, tentando entender o “nonsense” desse estranho mundo, ela lidará com uma gama de personagens cada qual mais excêntrico. É o caso do Dodo, o grande pássaro que comanda uma corrida em círculo onde todo mundo corre para secar as roupas, só que isso se passa num escolho do mar, onde a toda hora as ondas vêm e enxarcam de novo a todos – menos o Dodo, que comanda a maluquice do alto de uma pedra.
Pior ainda é o chá com o Chapeleiro Maluco, a Lebre Telhuda e o Ratinho; o diálogo com a Lagarta ou ainda, quando Alice tem de lidar com a Rainha Vermelha, megera corpulenta servida por um exército de cartas de baralho (sic) e, irascível, por qualquer contrariedade manda cortar a cabeça.
A solidão de Alice num mundo estranho, onde ela não tem lar e não sabe o caminho de volta, é extraordinariamente acentuada numa cena pungente, na mata, onde a menina monologa e chora, enquanto os bizarros habitantes locais, admirados, postam-se ao seu redor.
Afinal é o gato de Chesire, o gato desvanescente, com seu sorriso maroto, quem mostrará o caminho de fuga, zombando até da Rainha Vermelha.
Também os gêmeos Tweedle Dee e Tweedle Dum, que contam a trágica história do Walrus (morsa), do carpinteiro e das ostras, vêm a ser um destaque na história.
A menina Kathryn Beaumont, estreando no cinema, faz a voz de Alice; no ano seguinte faria a voz de Wendy Darling em “Peter Pan”.
ELENCO
Alice................................................Kathryn Beaumont
Mad Hotter.....................................Ed Wynn
Caterpillar (Lagarta)........................Richard Haydn
Chesire Cat......................................Sterling Holloway
March Hare.....................................Jerry Colonna
Rainha Vermelha.............................Venna Felton
Walrus, Carpenter...........................Pat O’Malley
Dee e Dum.......................................idem
White Rabbit, Dodo.........................Bill Thompson
Alice’s sister.....................................Heather Angel
Doorknob.........................................Joseph Keannu
Bill.....................................................Larry Grey
Bird....................................................Queenie Leonard
King....................................................Dink Trout
Direção de Arte: Mary Blair