Um patrimônio cultural sem capital histórico: O caso de Varsóvia

O artigo da autora Jolanta Rekawek, que é professora efetiva do departamento de Letras e Artes na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) atuando na graduação e pós – graduação, e Coordenadora do Núcleo de Espetacularidade (NESP). Aborda a reconstrução de Varsóvia capital da Polônia, e a maior cidade do País, que foi praticamente devastada por Hitler e o povo alemão no período da segunda guerra mundial (1939-1945).

Ao analisar o contexto histórico que se deu a destruição da cidade é possível perceber as tensões entre Alemanha e Varsóvia, que era povoada por considerável número de judeus, começaram a surgir devido a uma cidade polaca conhecida como Danzig. No período da invasão alemã o número de habitantes era de 1.290.000 sendo deste total 35% judeus.

Jolanta Rekawek traz em seu trabalho como ocorreu o reerguimento da cidade de Varsóvia trazendo as perdas materiais, sociais, culturais e psicológicas em que a população guardava na sua mente alguns locais marcantes e que não voltariam a existir mais, chamados pela autora de lugares de memória. Salientando ainda a importância dos patrimônios culturais que podem ser definidos como todos os bens materiais e característicos de uma comunidade, região.

Após a guerra novas pessoas foram chegando para tirar Varsóvia das ruínas com base nos dados apresentados no artigo, em janeiro de 1945 a cidade estava com 162 mil habitantes, em fevereiro esse número aumento para 174 mil, depois chegaram a 318 mil e 366 mil sucessivamente, atualmente Varsóvia tem 1 milhão 700 mil habitantes.

Alguns termos são usados freqüentemente pela autora como os locais de memória e pode ser considerada a palavra chave do artigo, pois falar de reconstrução, mudanças, patrimônio cultural e história é de certo modo falar de memória, incluindo as memórias coletivas e individuais que traziam todo um reencantamento para a cidade em que moradores ao verem o mesmo local pensam em como era antigamente.

A destruição de Varsóvia não foi apenas à destruição física da cidade, mas a destruição de um povo por Hitler, nazista que acreditava fielmente na raça pura, e esta raça pura, superior seria na concepção de Hitler o povo alemão, denominados de povo ariano palavra que vem do Sânscrito arya e que significa “nobre”.

Isto posto, a análise do contexto histórico desde a primeira guerra mundial (1914-1918) na qual a Alemanha sai derrotada perdendo seus territórios ultramarinos: Alsácia, Lorena e Prússia, gerando revolta no povo alemão e acendendo uma revolta e foi visto por Hitler como uma nova chance de triunfar.

Traz – se neste artigo o processo de força e persistência do povo polonês, algo admirável, cidade hoje com lindas paisagens naturais e maravilhosos monumentos históricos sem apagar da mente dos moradores dos “anos negros” enfrentados por Varsóvia, memória sendo considerada a palavra chave abrange toda a idéia que o texto elenca, abordando a questão de identificação social, cultural e psicológica daqueles moradores que fizeram a destruição de Varsóvia o ponto de partida para uma nova Varsóvia.

Ao concluir a leitura do artigo de Jolanta Rekawek percebe – se a necessidade de estudar mais como ocorreu está destruição, quais fatores desencadearam o ódio de Hitler em relação aos judeus, deixando a reflexão dos locais de memória, identidade cultural e o quão fundamental é o trabalho em grupo.

Jen Figueiredo
Enviado por Jen Figueiredo em 17/11/2016
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