Menos conformidade, mais prontidão: descatracalização

A catraca, no contexto social, se trata de uma metáfora. Mais que um dispositivo de entrada e saída de pessoas, é uma barreira invisível, implícita. Esse mecanismo é desenvolvido conforme o homem evolui, para haver maior controle do Estado sobre a sociedade. Porém, chegou a um ponto preocupante, levando à "catracalização da vida": um monitoramento gradativo.

Muitos podem pensar que, diante dessa constante catracalização, deve-se abaixar a cabeça e aceitar, já que sempre aparecerá uma nova catraca intangível na vida das pessoas, tanto em aspectos sociais – capitalismo, política, mídia –, como em aspectos sentimentais. No entanto, o conformismo é apenas outra forma de catracalização; por isso, não é viável pensar dessa maneira.

Algumas catracas são necessárias para melhor regulamentação e convívio social. Contudo, o programa do grupo "Contra Filé" se justifica, pois é notório que há um controle exarcebado. A solução para essa situação é a "descatracalização": o combate ao controle excessivo.

Ser alguém útil exige vencer – descatracalizar – e motivar-se para cada nova etapa; visto que o cidadão tem o dever de enfrentar as catracas de sua vida diariamente. Ser vítima desse domínio está se tornando algo normal. Isso não pode acontecer. Cabe a cada indivíduo agir com prontidão, operosidade; não seguir na contramão, na linha da conformidade.