IGREJA: UM ÓTIMO NEGÓCIO.

IGREJA: UM ÓTIMO NEGÓCIO.

Recebi um texto pela internet que dizia assim “pequenas igrejas grande negócios”, também dizia “negócio da China” e outras afirmações semelhantes que infelizmente joga todas as religiões (principalmente as cristãs evangélicas) na vala comum da picaretagem e da desonestidade moral e financeira.

Respondi assim:

Achei um negócio ainda melhor!

Na verdade eu procurei na mesma fonte e da mesma "ganga impura" extrai algo melhor e de sublime valor, pois encontrei o texto de Mateus 6:19 e 20 "não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam, mas ajunteis tesouros no céu...".

A maior tolice do povo brasileiro (e do mundo todo) é a falta de conhecimento e de sabedoria, no caso o desconhecimento da Bíblia que muitos carregam sob as axilas, e ultimamente até os católicos romanos tem feito isso, ou as deixam abertas em casa (sempre nos Salmos 90 ou 23), mas infelizmente não têm o trabalho de estudá-la, passando a aceitar tudo como se fosse "pão"; mal comparando, é o que acontece às criancinhas na chamada fase oral, quando estas levam à boca tudo o que encontram pela frente.

Mas como vão estudar, se não sabem ler? Como vão entender se não há quem ensine, e aqueles que se propõem a ensinar estão maculados por seus interesses pessoais e preconceitos também tolos?

Me lembro do texto de Atos 8:26-40, quando Felipe ensina a um eunuco a mensagem do evangelho, quem quiser (ou puder) leia!

Entendo que o ser enganado por esse espertalhões, falsários da fé, ocorre porque as pessoas estão necessitando de pão espiritual, porém, não sabendo onde encontrá-lo, buscam em qualquer lugar e de qualquer forma, sendo alvo fácil desses mercenários de falsas religiões.

A melhor definição que conheço de religião foi apresentada pelo Apóstolo Tiago em sua carta, no capítulo 1, vs 27 "a verdadeira religião, pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo".

Mas quem são os culpados?

Entendo que existem muitos culpados difusos na nossa complexa organização social, os imediatos são os próprios estelionatários que criam religiões utilizando-se das prerrogativas legais que, diga-se de passagem, as igrejas sérias não necessitam, e criam "empresas privadas" para enganar as pessoas símplices e incautas, além de se acobertarem de outros crimes, como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, etc.

Há que se destacar também a omissão injustificável do Ministério Público, que tem a obrigação Constitucional e legal de, atuando como fiscal da lei, verificar a veracidade da aplicação material das leis que regem e isentam as instituições religiosas e, ressalta-se que, não são somente evangélicas, mas espíritas, budistas, umbandistas, etc. e até ONGs e entidades ditas filantrópicas.

É culpado o poder público em todas as suas instâncias, pois legisla mal, criando leis inúteis e prejudiciais à sociedade, aplica mal estas leis ao não fiscalizarem as instituições religiosas que delas se beneficiam e o poder judiciário que quando provocado deixa de aprofundar-se nas demandas ao ponto de descortinar as mazelas e a podridão social de tais organizações pseudo-religiosas, sob a desculpa da liberdade de culto e religião.

São culpadas as Igrejas Evangélicas (escrevi em maiúsculo para diferenciá-las), porque não se aplicam a ensinar o verdadeiro evangelho de Cristo e se perdem em discussões inúteis que além de não apontar para a verdadeira religião, conforme a definição do apóstolo Tiago acima, criam divisões e intrigas, confundindo o povo e abrindo brechas para o surgimento dos "piratas da salvação".

É culpada a Igreja Romana que por milênios tem deturpado a verdadeira fé evangélica deixando que se perdesse a pureza moral da chamada "Igreja Primitiva", onde a máxima era o servir e não o ser servido.

Enfim, somos culpados eu e você se, egoisticamente, nos calarmos não procurando uma forma de alertar as pessoas desta realidade tenebrosa e de instigar as instituições públicas para agirem sempre que encontrar indícios de falcatruas encobertas com o verniz lustroso da religião.

Mas não deixemos de anunciar também o "melhor negócio" cujo título ancorei no texto recebido, qual seja o de construir um tesouro nos céus (como apregoou Cristo Jesus), praticando o amor ao próximo (como recomendou Tiago) e guardando-se da corrupção do mundo, lembrando as advertências do apóstolo Pedro (2Pd 2:1-3. " ...entre vós haverá falsos profetas e falsos doutores...que introduzirão heresias de perdição, e negarão o Senhor...e muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E farão comércio de vós com palavras fingidas...".

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 29/10/2017
Código do texto: T6156207
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